A meditação é uma ação em que a mente é posta em silêncio e se volta para o interior de si mesma O QUE É A MEDITAÇÃO?
Em latim, meditação é grafada como meditare, que significa "voltar-se para o centro" ou "estar no centro". A raiz latina também remete à palavra meditatum como "ponderar". Meditar em sânscrito é grafada como dhyana, (concentração). Em chinês, dhyana tornou-se ch'anna que foi reduzido para ch'an e zen, em japonês. (...)
A meditação é uma ação em que a mente é posta em silêncio("calar a mente") e foca num ponto específico, que pode ser um mantra, uma ladainha, uma imagem ou um ponto específico. A perspectiva é se voltar para dentro ("para o centro") para o interior de si mesmo.
Segundo Osho, Bhagwan Shree Rajneesh, em O livro Orange:
"Meditação é um estado de consciência pura sem conteúdo. Normalmente, sua consciência está repleta de lixo, como um espelho coberto de poeira. Há um tráfego constante na mente: pensamentos estão se movendo, desejos, memórias, ambições estão se movendo - é um tráfego contínuo! Dia após dia! Mesmo quando você está dormindo, a mente está funcionando, sonhando; continua pensando, continua com suas preocupações e ansiedades. Ela está se preparando para o dia seguinte; no fundo, uma preparação já está acontecendo. Esse é o estado não meditativo. A meditação é exatamente o oposto. Quando o tráfego cessa e não há mais pensamentos movendo-se e desejos agitando-o, você está totalmente silencioso - este silêncio é meditação. E só nesse silêncio a verdade é conhecida, nunca de outro modo. Meditação é um estado de não mente".
A meditação pode ser definida com uma intensa concentração e é uma prática antiga presente em civilizações diferentes, como a hindu e a maia, e frequentemente associada às religiões orientais e filosofias, como o Sufismo, o Bramanismo, o Budismo, o Jainismo e o Tantra. A meditação também está presente nas ações de artes marciais, como o Tai Chi Chuan e I-Chuan. Mas a meditação pode ser praticada sem o contexto espiritualizado e contribuir para o desenvolvimento pessoal e emocional.
As práticas de meditação se expandiram pelo mundo ocidental através da divulgação do Budismo e do Bramanismo, com a implantação de escolas, centros e conventos dessas definições em países de tradição cristã. Com o passar do tempo, a meditação foi retirada de seu contexto original e, de certa forma, popularizada como aplicação clínica e terapêutica.
Evidente que a meditação pode atiçar a curiosidade e a necessidade de estudo por alguma manifestação de religiosidade. Isso pode ajudar a forma de exercer o ato meditativo, mas nada impede que a meditação seja incorporada ao entendimento pessoal sem que o praticante precise adotar alguma religião específica. Mas o conhecimento de outras expressões de religiosidade é importante até para reafirmar sua própria identidade espiritual.
(SOUZA, W. A. O poder da meditação. Duetto Editorial. p.6-7.)
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